terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Caça ao Lobo


Minha versão de Chapeuzinho
Foi exatamente esse título que chamou minha atenção a um  poema que li no grupo Falando Sem Pudores do Facebook: "Caça ao Lobo". Reconheço que em muitos locais ainda estou usando minha versão gay de Chapeuzinho Vermelho como avatar, não porque minha história com meu Lobo não tenha acabado (na verdade, nem começou), mas identifiquei-me de certa forma com esta personalidade.
O peso psicológico de uma brincadeira que aparentemente é boba, faz as pessoas que gostam de escrever viajar por muitos caminhos. Mesmo quando escrevo sobre minhas histórias pessoais, procuro um certo tom poético para a coisa toda (palavras da minha Diva Elis em algum comentário perdido entre os meus posts).
O que este poema me despertou, foi uma visão diferente do meu imaginário em relação a essa figura do Lobo Mau. Sim, sou eu que vivo a caçar esse Lobo, para simplesmente ser devorado até os ossos.
Agradeço ao poeta Luciano Cilindro de Souza por ter cedido tão gentilmente suas palavras para que eu pudesse postá-las aqui hoje.
Agora deixo com vocês esse poema belíssimo e que ele toque sua alma, como tocou a minha.

Por mais que eu tenha medo, é o que desejo!

 

Caça ao Lobo.


O amor é como um lobo que surge no meu jardim
E flagra ervas daninhas de descuido sem fim
Quando percebo já está cheirando minhas coxas
Pulando sobre mim com patas sujas de poças.

Eu não quero ser atraído pelo lobo mau
Pois pensa que o coração só bate, afinal
Para que lamba pele com suor e sangue
Mijar em territórios meus sem que eu mande.

Quando lambe, abocanha
Quando afaga, arranha
Quando jura, é mentira
Em seu amor a sua ira.

Vai embora, lobo, eu tenho porte de arma
Já sei te caçar e te matar como um carma
Suma do meu desejo com suas garras mortais
Minha pele é cicatriz inteira, não morde-a mais!

Vai embora, praga da escuridão prateada
Pois teu uivo me entorpece a lua escancarada
Meu céu inocente já curou tua maldição
Mas incoerente requer a mesma sedução.

Como é belo o teu rosto
Como é bom o teu gosto
Como tirar da roupa teus pelos
Grudam, não sei removê-los!

2 comentários:

  1. Arrepiante poema.
    Me parafraseou que eu vi.
    Não se preocupe baby, vamos aprender a domar nossos lobos. Para amá-los com toda a sua selvageria.


    beijos e beijos, da sua Elis

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    Respostas
    1. É, minha Diva...
      Quem não gosta do perigo de, mesmo saindo machucado, se embolar nas garras desse lobo?
      Ainda acredito que o problema não é o amor, mas sim a falta dele :)
      Agora, paixão a gente sabe que arrebenta!
      Beijos, minha linda Diva!
      Obrigado pelo carinho de sempre :3

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